O guia completo de como comprar um imóvel: tire suas dúvidas
Para muitos, a compra de um imóvel significa a realização de um sonho. Porém, para que esse sonho se torne realidade, você precisa percorrer alguns passos até o momento da aquisição. Para isso, é necessário se organizar, entender suas necessidades e se preparar.
Sabemos que o processo é longo, exige atenção e pode gerar dúvidas. Mas não precisa ser assim! Preparamos um guia com os principais questionamentos que os clientes MySide trazem ao nosso time de especialistas sobre como comprar um imóvel e que também já devem ter passado pela sua cabeça.
Para facilitar, nós separamos os temas de acordo com os passos os quais separam você do seu novo endereço. Chamamos o conjunto desses grandes passos de jornada de compra.
Essa trajetória começa no momento onde você ainda está pensando em comprar um imóvel, passa pelo planejamento, chega à busca ativa por um empreendimento ideal e, finalmente, termina na etapa da formalização da compra.
Conforme você vai avançando na jornada de compra, novos questionamentos vão surgindo. Portanto, nós separamos as principais dúvidas de acordo com a etapa da jornada a qual elas pertencem. Navegue pelo artigo clicando naqueles assuntos que te interessam mais.
O que você precisa saber antes da compra
A primeira etapa da jornada de compra de um imóvel começa antes mesmo de você ter certeza de que quer adquirir um. Nesta fase, você ainda está pensando se realmente deve realizar a compra e provavelmente não sabe muito bem por onde começar.
Por isso, antes de seguir em frente na aquisição, é fundamental entender quais são os seus anseios e as suas preferências, ou seja: entender se realmente é o momento certo para adquirir um imóvel, se é melhor comprar ou alugar e se o empreendimento deve ser novo ou usado, por exemplo.
Se esse é o seu caso, continue a leitura!
É o momento certo para comprar um imóvel?
É bem comum ter dúvidas de em que momento vale a pena comprar um imóvel. Afinal, a decisão de comprar um imóvel não vem da noite para o dia e requer muita reflexão, já que estamos falando de um alto investimento. Por isso, cada passo precisa ser planejado e analisado sem afobação – tudo isso, antes mesmo da pesquisa pelo empreendimento perfeito.
Portanto, para saber se esse realmente é o momento certo, você precisa levar em consideração dois fatores essenciais.
Sua saúde financeira
Tenha em mente que indicadores econômicos, como a inflação e a taxa de juros, também influenciam diretamente no valor final do empreendimento. Mas, quando for pensar nesse quesito, vá além dos fatores macro e questione-se:
- Você tem estabilidade financeira suficiente para lidar com as despesas?
- Você possui dívidas?
- Você gasta mais do que ganha ou pode reservar uma parte da sua renda para o seu futuro imóvel?
Analisar sua atual situação financeira e adequá-la à sua decisão de adquirir um novo lar evita problemas a longo prazo. Um bom método para você se organizar é a criação de uma planilha de gastos, até mesmo o bom e velho caderninho pode te ajudar nessa etapa. O objetivo é entender seus gastos e controlá-los na medida do possível.
Sua vida a curto, médio e longo prazo
Outro fator a ser considerado é o seu atual momento de vida e seus planos a médio e longo prazo. Seus objetivos de vida precisam estar em consenso com essa decisão. Portanto, novamente, faça algumas perguntas a si mesmo:
- Você pretende aumentar a família ou adotar um animal de estimação?
- Tem planos de mudar de cidade, estado ou até mesmo de país?
- Quer sair do aluguel o mais rápido possível?
Nesse ponto, é interessante determinar alguns objetivos que influenciam diretamente a compra do imóvel e colocá-los em um cronograma que considere acontecimentos os quais você consegue prever. Por exemplo: se você pretende se casar daqui a um ano e, depois disso, quer comprar um apartamento, planeje-se financeiramente a partir desses objetivos.
Concluiu que tudo está a seu favor? Ótimo, hora de seguir em frente e planejar a compra! No entanto, se você verificou todos os fatores e percebeu que esse ainda não é o momento certo para realizar a compra de um imóvel, sem problemas! Aproveite para se planejar e organizar sua vida pessoal e profissional, enquanto amadurece a ideia de comprar um imóvel!
Se você ainda possui dúvidas, confira o conteúdo que preparamos para você sobre qual o melhor momento para comprar um imóvel!
Comprar ou alugar um apartamento?
Novamente, a dica aqui é avaliar suas atuais condições de vida e ter uma noção de como ela estará a longo prazo. Tenha em mente que tanto um apartamento comprado quanto um alugado requerem estabilidade financeira. Quando esses fatores estiverem claros para você, avalie os pontos positivos e negativos de comprar ou alugar.
O imóvel próprio é vantajoso, pois você pode realizar as mudanças estruturais da forma que deseja, como, por exemplo, transformar a cozinha em cozinha americana. Pode, também, trazer-lhe maior segurança, uma vez que um imóvel próprio ajuda a construir patrimônio, que se valoriza com o passar do tempo. No entanto, requer um alto investimento inicial.
Já o imóvel alugado é uma opção interessante em casos de incertezas quanto ao próprio futuro – se você planeja mudar de bairro ou de cidade em um tempo menor, por exemplo. Ademais, demanda menor investimento. No entanto, não traz retorno financeiro.
Portanto, se você já possui uma certa estabilidade, tanto financeira, quanto em relação ao seu futuro, talvez a compra valha mais a pena. Isso porque:
- Um imóvel próprio significa ter um patrimônio para toda a vida;
- Em muitos casos, a baixa taxa de juros pode facilitar a compra do imóvel com novas modalidades de financiamento imobiliário. Inclusive, é comum que o valor da prestação chegue muito próximo do valor do aluguel. Falaremos mais sobre financiamento ainda neste artigo!
Comprar um imóvel novo ou usado?
Essa é outra dúvida frequente. Por isso, é bom que você entenda quais são as vantagens e desvantagens de cada um, bem como saber quais aspectos você deve analisar antes de decidir que tipo de imóvel comprar.
Entre os imóveis novos, há opções de empreendimentos prontos para morar ou na planta. Diferente dos apartamentos na planta, os imóveis novos prontos para morar foram lançados recentemente e nunca foram habitados.
Nesse caso, é possível habitá-los em um tempo mais curto, uma vez que os imóveis comprados diretamente na planta podem demorar entre dois a quatro anos para ficarem prontos. Outro ponto diz respeito ao ano de entrega: imóveis mais novos demandam menos manutenção.
Já os imóveis usados já foram habitados pelo menos uma vez. Eles podem ser vantajosos para quem quer maior espaço interno e menor valor por metro quadrado, além daqueles que querem/precisam se mudar o quanto antes, uma vez que algumas opções já contam com mobília inclusa.
No entanto, os usados demandam um ponto de muita atenção, o qual diz respeito à documentação: não apenas a do próprio empreendimento, mas também a do proprietário ou construtora/incorporadora. Exija e fique atento a isso, pois caso haja alguma pendência envolvendo o antigo proprietário ou o imóvel perante a justiça, o novo dono pode passar por sanções. Em casos mais extremos, pode até mesmo perder o imóvel.
Quando decidir se deve comprar um imóvel novo ou usado, você deve se atentar a alguns pontos.
O que verificar antes de comprar um imóvel novo?
Realizar uma análise sobre seu novo endereço é muito importante, não apenas em um imóvel usado, mas também em um novo. Por isso, verifique se:
- O perfil do empreendimento tem a ver com as suas necessidades. Ou seja, se possui churrasqueira, salão de festas, espaço para coworking, etc.;
- Verifique o memorial de incorporação da obra, que nada mais é do que um documento de confirmação de que o imóvel está sendo construído dentro dos limites da lei, além de discriminar o padrão de entrega do empreendimento.
O que verificar antes de comprar um imóvel usado?
Além do que já falamos sobre exigir a documentação do imóvel e de quem está vendendo, atente-se a outros fatores:
- O grau de conservação do apartamento: verifique se não há problemas estruturais, como infiltrações, problemas de fiação elétrica ou no piso, por exemplo;
- Fique atento à idade do empreendimento, uma vez que construções mais antigas podem demandar mais obras e manutenção e, consequentemente, mais despesas;
- Verifique o valor mensal do condomínio e analise se realmente vale a pena. Isso porque empreendimentos mais antigos costumam ter um valor mais alto.
Comprar para investir: como saber se é um bom negócio?
A compra de um imóvel para investimento é quase que uma tradição no Brasil. Afinal, quem nunca conheceu ou ouviu falar em alguém que decidiu ganhar dinheiro através da aquisição de empreendimentos? Em outras palavras, diferentemente de quem compra imóveis para morar, aqueles que investem em imóveis realizam a compra unicamente com o objetivo de obter lucro. Esse rendimento pode vir de duas formas: através do aluguel ou da valorização do empreendimento.
Se você procura comprar imóveis para investir, antes de qualquer decisão, você deve compreender quais são e como funcionam as principais formas de valorização de um imóvel.
Entendendo as formas de valorização de um imóvel: rendimento com aluguel e rendimento com valorização
O rendimento com aluguel diz respeito à compra de um imóvel para mantê-lo como patrimônio e retirar a rentabilidade todo mês. Nesse caso, a principal pergunta a se fazer é: quanto de aluguel você irá faturar para cada real investido? Nesse caso, leve em consideração dois fatores: que exista uma demanda e que o empreendimento alcance um bom valor de aluguel.
Portanto, para que você tenha sucesso nesse tipo de investimento, siga estas dicas:
- Busque por um imóvel com alta demanda de aluguel, como próximo a universidades ou a locais estratégicos, como pontos turísticos ou o centro da cidade;
- Garanta que o perfil do imóvel condiz com o público que geralmente costuma alugar imóveis – solteiros, por exemplo;
- Verifique a data de entrega do imóvel, e lembre-se: empreendimentos com entrega mais próxima podem ser alugados antes e, consequentemente, começam a render mais rápido;
- Tenha uma noção do valor do aluguel na região, e faça isso antes mesmo de adquirir o imóvel. Para isso, basta pesquisar imóveis com perfil semelhante na região através de sites como o Quinto Andar, por exemplo
Para saber se o rendimento com aluguel valerá a pena, siga essa fórmula:
Além disso, lembramos que mesmo através do aluguel, o imóvel vai continuar se valorizando ao longo do tempo. Por isso, é importante que você entenda como funciona o rendimento com valorização imobiliária. Portanto, atente-se a dois fatores: o potencial de valorização e o preço de compra do imóvel.
- O potencial de valorização do imóvel engloba fatores que agregam valor, como a região, o preço do imóvel e o estágio da obra;
- Já o preço de compra diz respeito ao que falamos sobre procurar por imóveis similares para ter uma noção do preço médio. Porém, siga critérios como o mesmo padrão de construção, valor por metro quadrado e a mesma data de entrega.
Ciclo de valorização imobiliária: como o mercado pode ajudar seu investimento a se valorizar
Você sabia que o mercado imobiliário e a economia como um todo passam por diferentes etapas? Chamamos essas mudanças de ciclo de valorização imobiliária, e é essencial que você entenda as quatro fases do setor e o que isso significa na hora de investir em um imóvel.
Para fins didáticos, vamos começar a entender os ciclos do mercado pela fase de recuperação, momento em que os imóveis passam a se valorizar e o setor imobiliário dá os seus primeiros sinais de retomada. O início dessa fase se dá no final da fase de baixa, ou seja: logo após a estagnação dos preços e da demanda por imóveis, o panorama muda – e é aí que o ciclo entra em um período de restabelecimento.
Desse modo, os imóveis que estão sobrando passam a ser ocupados ou adquiridos, o que aumenta a demanda. Aos poucos, então, as construtoras reagem com a construção de novos empreendimentos. Essa fase não costuma ser muito rápida e pode durar anos.
Uma vez que a fase de recuperação passa, chega a etapa de expansão. Esse é o momento perfeito para quem é investidor, já que os preços dos empreendimentos continuam aumentando. Além disso, as taxas de vacância caem, ou seja, há menos imóveis desocupados, e o rendimento com aluguel volta a ser lucrativo. O número de lançamentos imobiliários também segue em crescimento.
No entanto, esse boom imobiliário não dura para sempre, já que, com a resposta das construtoras ao reaquecimento da economia, há vários imóveis disponíveis – bem mais do que o mercado consegue oferecer. Chamamos essa etapa de excesso de oferta, estágio que antecede a fase de “vacas magras” do ciclo de valorização imobiliária: a recessão.
A etapa de recessão tem como característica a estagnação dos preços, e a oferta de imóveis é alta. Porém, não há demanda para esse excedente de empreendimentos. Consequentemente, as construtoras diminuem as atividades, ou seja: há uma escassez de lançamentos imobiliários.
Apesar da crise, a recessão é um bom momento para investidores que não dependem do retorno imediato desta aplicação, uma vez que há várias opções disponíveis no mercado, os preços seguem estagnados e que, a longo prazo, o ciclo voltará à sua fase de crescimento.
Com isso, chegamos ao fim da primeira etapa na jornada de compra de um imóvel. Pronto para avançar para a próxima fase?
É hora de planejar a compra!
Agora que você já entendeu que sim, é uma boa hora de comprar um imóvel, decidiu entre comprar um apartamento novo ou usado e compreendeu mais sobre o investimento em imóveis, chegou o momento de se programar para a adesão do seu novo imóvel – não apenas no âmbito financeiro, mas também no planejamento pessoal a longo prazo.
Como planejar a compra de um imóvel?
Como já mencionamos, aliar planejamento financeiro e pessoal ao planejar a aquisição evita possíveis problemas a curto e/ou longo prazo. Por isso, trouxemos um checklist do que você precisa levar em consideração nesta etapa:
- Pense em todas as suas necessidades atuais e futuras. Se você deseja aumentar a família, por exemplo;
- Organize seu orçamento, corte gastos desnecessários e reserve uma parte do seu salário. Lembre-se: o valor da entrada oferecida pode influenciar no preço final do imóvel;
- Não tenha pressa para decidir onde quer morar. Realize tudo com muita calma;
- Escolha a melhor forma de pagamento. Inclusive, se você pretende adquirir seu imóvel através de um financiamento, dê uma olhada no próximo tópico!
Como funciona o financiamento imobiliário e quais são os tipos disponíveis?
A parte do financiamento pode assustar quem vai realizar a compra de um imóvel; afinal de contas, são várias etapas burocráticas. No entanto, seu objetivo é justamente facilitar a aquisição de um bem, já que permite a divisão do valor em várias parcelas. Por isso, é imprescindível entender como esse processo funciona.
Como financiar um imóvel na planta?
Essa opção pode facilitar sua vida a longo prazo. Isso porque ainda há um certo tempo até a entrega das chaves do imóvel. Ou seja: até lá, você ainda pode juntar um bom valor para adiantar o pagamento até que, enfim, o financiamento com o banco tenha início.
Ainda durante a construção da obra, é possível diluir o pagamento da entrada entre as primeiras parcelas do imóvel diretamente com a construtora. Depois da entrega das chaves, você pode financiar o restante com o banco.
Além disso, caso você tenha uma quantia guardada para a compra do apartamento na planta, existe a opção de oferecer quantias maiores de tempos em tempos, os chamados financiamentos-balão. Você também tem a opção de antecipar o pagamento em relação ao plano padrão da construtora e, assim, conseguir um bom desconto no financiamento.
Financiamento em um imóvel pronto para morar: como funciona?
No caso desse tipo de empreendimento, o financiamento é feito diretamente com os bancos. Aqui, você pode optar pelo SFH, que é uma das formas de financiamento disponibilizadas através do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Crédito). É importante lembrar que os bancos costumam exigir uma entrada mínima de 20% do valor do imóvel.
Importante: em outubro de 2024, a Caixa Econômica Federal - o maior player do setor de financiamento - divulgou novas regras para o financiamento imobiliário, incluindo um teto de R$ 1,5 milhão e reduções nas porcentagens financiáveis: 70% na tabela SAC e 50% na tabela Price. O valor de entrada agora é de 30% e 50%, respectivamente.
As mudanças entram em vigor a partir do dia 1 de novembro. Confira o conteúdo na íntegra para entender mais sobre as novas regras da Caixa.
Busca ativa: encontrando o imóvel ideal
Nesta etapa, você já sabe dos seus principais objetivos de compra: tem noção daquilo que deseja em um apartamento, compreendeu que é o momento ideal e planejou-se para esse momento tão esperado. Vamos buscar pelo seu novo endereço?
O que considerar ao escolher a localização?
Para definir qual será a localização do imóvel, pergunte-se: o bairro precisa ser silencioso ou pode ser mais agitado? Você deseja morar próximo a parques e praças ou nos arredores de onde você trabalha? Leve seu futuro em conta, também.
Também leve em consideração a praticidade para o dia a dia. Nesse sentido, uma boa dica é visitar os bairros ou setores de interesse para verificar se há serviços essenciais por perto, como farmácias, hospitais e supermercados.
Por fim, verifique índices de criminalidade e converse com outros moradores sobre a rotina do bairro. Além disso, durante as visitas, verifique a movimentação e considere, também, condições naturais e sanitárias, como a possibilidade de enchentes e deslizamentos.
Imóveis novos: na planta ou pronto para morar?
Como já explicamos na seção de “novo ou usado” deste texto, os imóveis novos são divididos entre prontos para morar e na planta. No caso dos prontos para morar, estamos falando das unidades que nunca foram habitadas. Ressaltamos que essa fase é um divisor de águas na jornada de compra. Isso porque, dependendo da opção que escolher, você seguirá por um caminho diferente na busca pelo seu novo imóvel. Confira a seguir as vantagens e desvantagens de cada opção. Confira a seguir as vantagens e desvantagens de cada uma das alternativas
Quais as vantagens e desvantagens do imóvel na planta?
Comprar um imóvel na planta quer dizer que sua construção ainda não foi finalizada ou ainda nem começou. Algumas das vantagens são:
- Fluxo de pagamento: como já falamos anteriormente, em geral, as condições de pagamento de imóveis na planta são mais atrativas e flexíveis que as de imóveis já prontos para morar.
- Personalização do imóvel: se você optar por um imóvel na planta, poderá customizá-lo da maneira que preferir sem precisar passar por obras quando já estiver morando no apartamento! Você pode solicitar a alteração do piso, pedir integração entre a varanda e a sala, entre outras mudanças.
Já entre as desvantagens, estão:
- Tempo até a entrega: em média, um empreendimento demora até 36 meses para ficar pronto. Portanto, não é vantajoso para quem deseja mudar o quanto antes.
Risco de atraso: desejamos que isso não ocorra, mas a legislação brasileira (mais especificamente, o Código Civil Brasileiro) determina o que pode ser feito se isso acontecer. Se o atraso for de até seis meses, a construtora não sofrerá nenhuma punição. No entanto, a partir de seis meses, a responsável pela obra precisará pagar aos compradores o valor mensal de 1,5% + correção inflacionária sobre o valor que foi desembolsado pelo comprador até aquele momento. Além disso, o comprador terá direito à devolução integral do valor pago.
Quais as vantagens e desvantagens do imóvel pronto para morar?
Os apartamentos prontos para morar já começam com uma vantagem: você não precisa esperar ficar pronto para finalmente morar. Outras vantagens são:
- Você pode utilizar o FGTS para comprá-lo, caso possua um saldo. É interessante utilizá-lo para quitar parte da compra, caso não tenha dinheiro para dar a entrada. Ressaltamos, porém, que essa possibilidade também é possível em imóveis na planta; no entanto, só pode ser usado a partir do momento da entrega das chaves.
- É interessante quando a região em que você procura não possui muitos lançamentos imobiliários. Um exemplo aplicado a Goiânia é o Setor Jardim Goiás.
Já entre as desvantagens, temos:
- Fluxo de pagamento: como já dissemos, os imóveis prontos para morar exigem que o cliente pague, obrigatoriamente, 20% do valor total do imóvel como entrada. Ou seja, não é vantajoso para quem não possui tanto dinheiro em caixa. Vale lembrar que, em novembro de 2024, entram em vigor novas regras de financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal, onde o valor de entrada pela tabela SAC é de 30% e 50% pela tabela Price.
Quais são os custos envolvidos na compra de um imóvel?
Engana-se quem pensa que a compra de um imóvel se restringe ao valor dele que você encontra nos sites. Pelo contrário, existem vários custos “invisíveis” que você precisa levar em consideração na hora da aquisição. São eles:
- Taxa de corretagem;
- Custos de documentação como o ITBI (nesse caso, se o imóvel comprado estiver pronto para morar);
- Custos de cartório, como a escritura e a matrícula do imóvel;
- Taxas de financiamento imobiliário;
- Despesas de manutenção – aqui, depende muito do que foi acordado no contrato de compra e venda;
- Gastos com a preparação do local para morar.
Enfatizamos que todos esses valores podem variar na hora da compra, pois dependem de fatores como as condições de aquisição e do município onde o empreendimento está. Porém, o total desses valores extras podem custar entre 10 a 15% do preço total do imóvel. Por exemplo: se você comprou um imóvel de R$ 500 mil, o total da compra poderá sair por até R$ 575 mil.
Decisão e fechamento da compra
Finalmente, chegamos à reta final da jornada de compra de um imóvel! Nessa etapa, você já tem conhecimento suficiente sobre como comprar um imóvel para tomar a decisão mais adequada. Agora, estamos falando principalmente sobre o estágio de negociação e formalização da compra. Ou seja: podemos afirmar que essa é a parte mais “burocrática” de todo o caminho percorrido até agora. Portanto, é a fase que mais requer atenção da sua parte. Você está pronto?
Como consigo o melhor preço em um imóvel?
Conseguir o melhor preço em um imóvel parece um desafio. Mas, no fim das contas, não é esse bicho de sete cabeças que muitos compradores pensam. É possível conseguir um imóvel com desconto, desde que você saiba qual a melhor estratégia para conseguir um bom preço. Por essa razão, trouxemos algumas dicas.
Em primeiro lugar, vamos reforçar o que falamos até aqui: pesquise muito. Busque filtrar suas buscas de acordo com o valor máximo que você quer pagar no imóvel. Além disso, verifique se o empreendimento de interesse possui abertura para uma possível negociação. Se você tiver dinheiro em mãos, melhor ainda! Dar um bom valor de entrada ou apresentar uma carta de crédito de financiamento imobiliário também são formas de mostrar capacidade de compra ao vendedor.
Verifique, também, se o imóvel de seu interesse possui alta ou baixa demanda. Nesse caso, a Lei da Oferta e Procura pode ser utilizada a seu favor. Se o empreendimento estiver sendo muito procurado, a tendência é que seu valor aumente. No entanto, se não há tanta procura, a abertura para negociação pode ser maior – e é isso que você deseja, não é mesmo?
Para saber se o imóvel está sendo muito procurado, basta verificar o fluxo de venda dos apartamentos – isso se estivermos falando de um imóvel na planta. Se você deseja um desconto, fuja de empreendimentos que tenham poucas unidades à venda. Além disso, verifique há quanto tempo o empreendimento está à venda e, por fim, observe quantas unidades estão sendo vendidas.
Por último, mas não menos importante, saiba o momento certo de fazer a proposta! Não existe uma receita de bolo para saber qual é a hora correta; no entanto, demonstre ao vendedor que possui interesse e poder de compra. E, se precisar de ajuda, busque por um profissional imobiliário de confiança.
Quais são os documentos necessários para a compra de um imóvel?
Se pudéssemos dar apenas um único conselho a você que está nessa jornada de compra, com certeza ele seria: saiba qual a documentação necessária para fazer essa aquisição. Dizemos isso pois essa “papelada” é primordial para garantir a segurança financeira e jurídica do processo, o que evita possíveis complicações no futuro. Por isso, preparamos um checklist especialmente para você.
Podemos separar essa documentação em três grandes categorias: os documentos do comprador, do imóvel e do vendedor proprietário. No caso dos documentos que você, comprador, deve entregar, estão:
- RG e CPF;
- Comprovante de residência;
- Comprovante de estado civil: nesse caso, se você for casado(a), o documento deve ser de ambos os cônjuges. Se você for solteiro(a), precisa da certidão de nascimento;
- Comprovante de renda: principalmente no caso de financiamento imobiliário. Para isso, verifique qual tipo de documento é aceito pelas instituições financeiras ou por quem está vendendo o imóvel.
Quanto ao empreendimento, verifique:
- Matrícula atualizada do bem;
- Declaração de quitação do IPTU;
- Declaração de quitação do condomínio: essa certidão deve ser solicitada à administradora do condomínio ou ao síndico;
- Últimas contas de água e luz: servem para verificar se não há nenhum débito e evitar que uma possível dívida recaia sobre o novo proprietário.
Por fim, o vendedor proprietário do imóvel precisa apresentar a seguinte documentação:
- Certidão do Cartório de Protesto: informa sobre existência de um protesto no CPF ou CNPJ do proprietário;
- Certidão Cível e Criminal: atestam se o proprietário do bem possui seu nome em algum Fórum Estadual;
- Certidão Trabalhista: verifica se o proprietário tem algum problema com a Justiça do Trabalho;
- Certidão Negativa da Justiça Federal: atesta se existe ou não algum problema com a Justiça Federal;
- Certidão de Regularidade Fiscal: certifica que não há nenhuma questão com a Receita Federal.
Como funciona a burocracia do fechamento do negócio?
Esse é o momento crucial para a compra de um imóvel. Afinal de contas, é aqui que a aquisição se concretiza. Porém, é importante lembrar que essa etapa não finaliza quando há comum acordo entre ambas as partes – ou seja, ao fechar o contrato de compra e venda de imóvel. É necessária, ainda, uma série de documentos já mencionados, como a escritura e a matrícula atualizada em cartório, para garantir a propriedade do bem.
Uma vez que essa documentação estiver concluída, comemore: você chegou ao final da jornada de compra de um imóvel!
Esperamos que esse guia tenha lhe ajudado a responder às suas perguntas sobre como comprar um imóvel.
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