10 dicas essenciais para comprar o primeiro apartamento

04 Abril 2022 | Atualizado em 23 Fevereiro 2024
Por Redação MySide

casal se abraçando com caixas de papelão ao fundo

A vida adulta bateu na sua porta e é hora de começar a pensar seriamente no seu futuro. Por isso, que tal conferir uma sequência de dicas de como comprar o seu primeiro apartamento?

Afinal de contas, é provável que você esteja pensando em comprar o seu primeiro imóvel, mas não faça ideia de como começar ou ainda como fechar o negócio ideal para você, certo?

Mas, pode ficar tranquilo, pois você está em boas mãos, as dicas da MySide servem como um checklist do que saber antes de comprar um apartamento. Por isso, aproveite a leitura, futuro proprietário!

1. Organização financeira

Comprar um apartamento é um investimento de grande porte, logo, se preparar para esse momento leva tempo e por isso fazer um planejamento financeiro é crucial para ter condições financeiras de adquiri-lo.

Afinal, além de ter condições para manter um financiamento de apartamento ao mesmo tempo em que cumpre outras obrigações financeiras, você vai precisar dar uma boa entrada no momento da compra, diminuindo assim o valor das parcelas seguintes.

Por isso, para juntar ao menos 20% do valor do imóvel para dar de entrada na sua nova propriedade, será preciso cuidar da saúde financeira do seu bolso com atenção.

Mas não basta apenas ter o dinheiro reservado para a entrada, você também precisará ter os valores de custos cartoriais, escrituras e impostos, além de outros custos envolvidos na compra de um imóvel.

2. Pesquise o mercado

Depois de organizar o seu financeiro, faça uma pesquisa de mercado para descobrir se esse é o melhor momento para comprar um imóvel, seja na sua cidade ou no âmbito imobiliário brasileiro.

Além de avaliar o valor do metro quadrado na sua região e ponderar se a localização do imóvel pode proporcionar a valorização do patrimônio, analise se o mercado imobiliário está suficientemente aquecido, o índice inflacionário estabilizado e as taxas de juros convidativas.

Em seguida, se as condições forem favoráveis, é hora de escolher o seu novo endereço, visando o melhor negócio possível, tanto para o seu eu de agora quanto para o seu eu do futuro.

3. Conheça a vizinhança

Depois de escolher o bairro onde você pretende morar, avaliar o preço do metro quadrado na região e considerar se você possui poder de compra suficiente para residir nessa parte da cidade, chegou o momento de conhecer sua futura vizinhança, de preferência em horários alternados.

Provavelmente, você pesquisou incansavelmente sobre a região, índices de segurança, violência, trânsito e lifestyle, embora avaliar a vizinhança com os seus próprios olhos, em períodos alternados do dia, possa evitar que seu novo endereço esteja localizado em uma rua muito turbulenta, por exemplo.

Aliás, conhecer os moradores do prédio e seus vizinhos em potencial pode ser o pulo do gato para garantir uma moradia que possua características similares às suas. Afinal, possivelmente você viverá muitos anos nesse mesmo condomínio, entende?

4. Escolha entre na planta, pronto para morar ou usado

Uma das dúvidas mais frequentes entre compradores de imóveis é: devo comprar na planta, pronto para morar novo ou usado? Mas cada uma dessas opções tem suas vantagens e desvatagens. 

Comprar um imóvel na planta, aquele que ainda está em construção, pode ser um bom negócio. Suas vantagens são ter um preço geralmente menor que um imóvel pronto, um fluxo de pagamento mais atrativo, pois até a entrega das chaves você paga o apartamento direto para a construtora, ganhar com a valorização e ainda poder personalizar com mais tranquilidade o imóvel.

Mas as desvantagens são que você precisará arcar com o aluguel por mais tempo - uma construção pode ler 36 meses, e ainda há a possibilidade de atrasos ou problemas na obra (por isso falamos sobre a importância de verificar o histórico da construtora mais a frente).

Já os apartamentos prontos para morar novos ou já usados são ótimos para quem quer se mudar assim que possível. Imóveis usados e mais antigos tendem a ser mais baratos, e você também pode achar metragens mais amplas. As desvantagens são a necessidade de reformas, o próprio desgaste natural do imóvel e o projeto do edifício mais antigo.

Ainda ficou na dúvida? Temos um conteúdo falando apenas sobre a decisão de comprar na planta ou pronto para morar

5. Visite os imóveis ou os decorados

As fotos e catálogos que você vê na internet não condizem com a realidade nua e crua do imóvel e sua vizinhança. Por isso, não deixe de visitar os apartamentos pré-selecionados da sua lista, vendo com os seus próprios olhos a qualidade e o acabamento de cada um deles.

Visite os imóveis em horários alternados e, de preferência, mais de uma vez, conhecendo todas as facetas da vizinhança em diferentes momentos do dia. Observe se a região é barulhenta e se o ruído da rua te atrapalha.

Além disso, identifique qual a posição solar da unidade, pois um apartamento nascente ou poente, ou seja, com sol da manhã ou da tarde, ou até mesmo unidades que não pegam sol, trazem também suas próprias vantagens e desvantagens.

6. Converse com o antigo morador

Se você for comprar um apartamento usado, se possível, tente conversar com o antigo morador. Afinal, a partir da experiência dele como residente, ele poderá fornecer detalhes pertinentes sobre o imóvel e também sobre a vizinhança no geral.

Por que decidiu vender o apartamento, quais são as características do condomínio, qual é o perfil geral dos moradores do prédio são perguntas convenientes para avaliar se o apartamento em questão é realmente para você.

Além disso, no momento da visita ao imóvel, lembre-se de analisar atenciosamente as condições da propriedade, acabamento, infiltrações, rachaduras, instalações elétricas, entrada natural de luz, etc.

7. Avalie o histórico da construtora

Agora, se você for comprar um apartamento na planta, ainda em construção, lembre-se de avaliar o histórico da construtora responsável pela obra. Essa medida te poupará tempo e evitará prejuízos lá na frente.

Por isso, certifique-se de que a construtora escolhida é uma empresa séria, que cumpra com os prazos estipulados e, sobretudo, que não possua o risco de falir antes de entregar o seu apartamento.

Utilize a internet como aliada para averiguar a seriedade da empresa, converse com proprietários de imóveis construídos pela mesma construtora, verifique se foram entregues dentro do prazo previsto e se possuíam a qualidade prometida.

Comprar um apartamento na planta pode ser muito vantajoso, desde que o comprador se assegure da integridade jurídica e padrão de qualidade da construtora encarregada pela obra.

8. Entenda sobre as diferentes modalidades de pagamento

No caso de apartamentos prontos pra morar, você precisará de uma entrada, que geralmente é de 20% do valor do imóvel, e o restante você poderá financiar com o banco.

No caso dos apartamentos na planta, você terá duas fases de pagamento: a pré-chaves e a pós-chaves. Na primeira fase, que é quando o empreendimento está em construção, que leva, em média, de 30 à 36 meses, você pagará uma parte do valor do imóvel direto para a construtora. Você poderá diluir o pagamento no decorrer da obra, sem ter todo o valor em mãos. Após a entrega das chaves, você pode financiar o restante junto ao banco que oferecer as melhores condições de juros.

Caso você tenha uma quantia guardada para a compra do apartamento na planta, você tem a opção de antecipar o pagamento em relação ao plano padrão da construtora e, assim, conseguir um bom desconto.

Independente da escolha, se você possuir saldo acumulado no FGTS, ele também pode ser usado para pagar o financiamento. Porém, no caso do apartamento na planta, isso será possível apenas a partir da pós-chaves, ou seja, quando iniciar o financiamento.

9. Pague o máximo que puder à vista

Capriche no valor de entrada do seu primeiro apartamento e nos agradeça depois! Afinal de contas, quanto maior for o montante adiantado, menos juros você pagará sobre o valor total do bem.

Além disso, quanto maior for sua entrada, maiores são as chances de você conseguir financiar o seu apartamento, uma vez que as parcelas do financiamento não podem comprometer mais de 30% da sua renda líquida mensal.

10. Analise a documentação do imóvel

Por último, mas não menos importante, examine os documentos do apartamento e, se possível, do vendedor proprietário (principalmente, os que possam envolver o imóvel).

Documentos do imóvel:

  • Matrícula atualizada.
  • Comprovante de pagamento do IPTU.
  • Declaração de quitação do condomínio.
  • Últimas contas de água e luz.

Documentos do vendedor proprietário:

  • Certidão do Cartório de Protesto.
  • Certidão Cível e Criminal.
  • Certidão Trabalhista.
  • Certidão Negativa na Justiça Federal.
  • Certidão de Regularidade Fiscal.

Agora, se você estiver desconfortável com essa tarefa, peça para que um advogado analise a papelada. Melhor prevenir do que remediar, não é mesmo?

Por que comprar um apartamento ao invés de alugar?

Mais do que pagar por algo que será seu, comprar um apartamento também é um investimento, uma vez que você pode contar com a valorização imobiliária com o passar do tempo, elevando o preço do seu patrimônio.

Além da valorização patrimonial do imóvel, o apartamento pode ser uma de suas fontes de renda no futuro, afinal você pode rentabilizá-lo através de um aluguel.

Poder falar "comprei meu primeiro apartamento" também te coloca em outro patamar, te deixando mais perto de uma espécie de estabilidade financeira. Assim você pode sair do aluguel, pagar por algo que realmente será seu e ainda se sentir mais confortável.

Como resultado disso, você tem mais liberdade de escolha, seja para pendurar um quadro ou quebrar uma parede. Mais do que isso, com um imóvel em seu nome, você ganha, sobretudo, privacidade.

Agora que você conheceu mais alguns motivos para ter um imóvel próprio, lembre-se de seguir as nossas dicas para comprar o seu primeiro apartamento tranquilamente, sem surpresas desagradáveis no caminho.

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