Qual é o custo de vida em Santa Catarina?
Santa Catarina é o estado do Sul do Brasil com a menor taxa de desemprego do país e o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). É também um estado que combina paisagens naturais (litôraneas e serranas), além de proporcionar uma ótima qualidade de vida. Se essas vantagens chamam sua atenção e você está pensando em morar por aqui, é importante saber também o que esperar em relação ao custo de vida.
Morar em Santa Catarina pode ser caro ou barato; o custo varia conforme a região. O estado, apesar de pequeno, possui uma geografia diversificada e condições de vida distintas. Assim, dependendo do local de sua escolha, você terá gastos com despesas pessoais diferentes.
Cidades como Florianópolis e Balneário Camboriú, localizadas no litoral catarinense, são conhecidas por sua qualidade de vida e segurança, mas estão entre as mais caras do estado.
Por outro lado, se você quer morar em Santa Catarina sem gastar tanto, há diversas cidades, como Chapecó, Joinville e Blumenau, que são mais acessíveis sem abrir mão de ótimas condições de vida e bem-estar.
Agora que você tem uma noção geral do que esperar, vamos aos fatos e números sobre quanto custa viver em Santa Catarina. Para esse levantamento, coletamos dados da plataforma Expatistan em junho de 2024.
Qual o custo de vida em SC?
É muito difícil falar em um custo de vida único de Santa Catarina. Isso se dá porque há uma diferença bem grande nos custos da região interiorana e litorânea do estado. Essa discrepância se deve a vários fatores, como a demanda por imóveis, a infraestrutura urbana e a atratividade turística.
As áreas litorâneas, por exemplo, possuem um custo de vida mais elevado devido à alta demanda por imóveis, à infraestrutura mais desenvolvida (graças aos investimentos em obras urbanas) e às atrações turísticas (praias e trilhas), que impulsionam o valor dos serviços e produtos.
Cidades como Florianópolis e Balneário Camboriú ficam no litoral do estado e servem como exemplo dessa realidade, além de serem dois dos metros quadrados mais caros do país, segundo levantamento do FipeZap.
Por outro lado, as cidades do interior do estado – como no Oeste e Meio-Oeste, Norte e Vale do Itajaí – tendem a ter um custo de vida mais baixo, sem perder em qualidade de vida. Os aluguéis e compra de imóveis tendem a ser mais baratos principalmente pela menor demanda por empreendimentos e maior disponibilidade de terrenos. Nessas regiões, os custos de alimentação, educação e saúde são mais acessíveis, proporcionando um custo-benefício interessante para quem deseja morar por lá.
Para você ter uma ideia melhor do custo de vida de Santa Catarina, selecionamos alguns exemplos das cidades mais buscadas. Elas foram escolhidas devido à sua popularidade, infraestrutura e qualidade de vida, permitindo uma comparação abrangente e prática para quem está pensando em se mudar para Santa Catarina.
Custo de vida em Florianópolis
O custo de vida em Florianópolis, a capital de Santa Catarina, é o mais caro do estado, e um dos mais elevados do país. Como um dos principais destinos turísticos do Brasil, a demanda por imóveis é alta, o que dá o pódio de quarta posição para a ilha na lista das cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil.
Segundo a base de dados do Expatistan, uma pessoa precisa de uma renda média de R$ 6.889 para viver na capital, levando em conta os valores de moradia, alimentação, vestimenta, transporte, cuidados pessoais e entretenimento.
Esse valor é o mais alto dentre as capitais do Sul do país, que englobam também Porto Alegre e Curitiba. Nesse sentido, os preços de alimentação, transporte, aluguel e serviços são elevados devido à alta demanda e ao custo de vida superior. O infográfico abaixo, produzido pela MySide, traz os principais preços na Ilha da Magia.
Vale destacar que a capital, conforme o Ranking Connected Smart Cities, lidera o ranking das melhores cidades para morar no Brasil, além de ocupar a primeira posição entre as capitais mais seguras do país! Ou seja, o alto custo se traduz em alta qualidade de vida.
Custo de vida em Joinville
Joinville é a cidade mais populosa de Santa Catarina, com mais de 600 mil habitantes segundo o Censo do IBGE de 2022, e fica ao Norte do estado, sendo conhecida por ser um polo industrial. Com um custo de vida mais em conta do que as localidades litorâneas, Joinville oferece qualidade de vida e infraestrutura, além de ser uma das cidades mais seguras do Brasil.
O custo mensal no local, para uma pessoa, fica em torno de R$ 4.548. Quando se trata de uma família de quatro pessoas, os gastos aumentam para R$ 10.946.
O aluguel do mês para um espaço de 85 m² pode variar de R$ 1.820 a R$ 3.024, conforme a área da cidade; e os custos adicionais (como eletricidade e gás) costumam ser de R$ 480 para duas pessoas – menos de um terço do valor de Florianópolis.
O gasto mensal com transporte público é de R$ 214, e o local é destaque por sua extensa rede de transporte e mobilidade urbana.
No quesito saúde, o CEP tem destaque no estado. Segundo as Organizações Sociais de Saúde (Ibross), a cidade conta com uma das melhores unidades hospitalares públicas do país – o Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria. Uma consulta particular custa em média R$ 238, mas os serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) são de altíssima qualidade.
O custo de alimentação também tende a ser mais baixo do que o do litoral, refletindo a menor pressão turística e imobiliária. Para comer em um restaurante, o valor pode variar conforme o local e o tipo de estabelecimento escolhido. Um almoço ou jantar em restaurante do bairro, para duas pessoas, fica em torno de R$ 105, enquanto um combo completo de uma rede de fast food chega aos R$ 32, por exemplo.
No entanto, embora algumas redes e regiões apresentem preços mais elevados, os custos dos alimentos acompanham, de maneira geral, as variações da inflação brasileira.
Custo de vida em Chapecó
Chapecó, situada no Oeste catarinense, é um importante centro agroindustrial e uma das melhores cidades para viver no estado. Em 2023, o local se destacou entre os 100 municípios brasileiros com melhor desempenho econômico.
O custo estimado total, de um mês, para uma pessoa em Chapecó é de R$ 3.420, metade da renda mensal necessária para morar na capital de SC. Para uma família de quatro pessoas, os gastos ficam em torno de R$ 9.273.
Para quem deseja morar em uma área nobre da cidade, o aluguel mensal de uma acomodação mobiliada de 85 m² é de R$ 1.819, enquanto em áreas médias, o aluguel cai para R$ 1.319. As utilidades, como aquecimento, eletricidade e gás, custam aproximadamente R$ 367 por mês para duas pessoas em um apartamento de 85 m².
O transporte público também é significativamente mais em conta do que nos locais já citados, com uma passagem mensal custando R$ 139.
Em termos de alimentação, um menu do dia incluindo bebida em um restaurante da área nobre custa cerca de R$ 39, e um combo completo em um restaurante de fast food costuma custar em torno de R$ 31.
Mesmo assim, é importante saber que o menor custo não quer dizer má qualidade de vida. A cidade possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (medida que avalia o desenvolvimento socioeconômico de uma localidade) alto, de 0,790.
Nesse sentido, Chapecó oferece uma alternativa às cidades mais caras do estado, destacando-se como uma opção viável para aqueles que buscam menores custos sem abrir mão de uma infraestrutura adequada.
Custo de vida Blumenau
Blumenau, localizada no Vale do Itajaí, no Nordeste de SC, é conhecida por sua herança cultural alemã e qualidade de vida. Com uma economia diversificada, a cidade é um dos principais polos industriais, tecnológicos e universitários do estado.
O custo de vida por lá é moderado, especialmente em comparação com as cidades mais próximas ao mar. No entanto, vale ressaltar que o CEP é conhecido como a capital nacional da cerveja, famoso pela festa do Oktoberfest que atrai milhares de turistas todos os anos.
Nesse sentido, a atratividade turística, somada ao fluxo de jovens que vão a Blumenau para estudar nos campi da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Regional de Blumenau (FURB) geram uma pressão nos custos, mesmo que a cidade não seja litorânea.
Os gastos mensais estimados para uma pessoa em Blumenau são similares aos de Joinville, ficando em média R$ 4.248. No caso de uma família de quatro pessoas, a estimativa é de R$ 10.705.
Em relação à moradia, o aluguel para um apartamento de 85 m² varia de R$ 1.812 a R$ 2.451, conforme a região ou bairro; e os gastos adicionais de utilitários giram em torno de R$ 431.
O custo do transporte público também é similar ao de Joinville, com a passagem mensal em torno de R$ 233. Em termos de alimentação, um jantar para duas pessoas em um restaurante de bairro custa cerca de R$ 93, enquanto um combo completo em um restaurante de fast food fica perto de R$ 32.
Além disso, Blumenau – como Joinville – também é destaque no tópico saúde pública, com três hospitais na lista dos melhores do mundo conforme estudo elaborado pela revista Newsweek e pela empresa de dados Statista. A consulta médica custa em média R$ 246, mas os três hospitais do ranking são vinculados ao SUS, oferecendo atendimento gratuito.
A cidade é uma das mais seguras de SC, ocupando o 7º lugar entre os locais mais seguros do Sul do Brasil. Para aqueles que buscam qualidade de vida e não se importam de pegar entre 1 ou 2 horinhas de estrada para chegar numa praia, Blumenau é uma opção interessante.
Custo de vida em Balneário Camboriú
O custo de vida em Balneário Camboriú, localizado no litoral Norte de SC, é um dos mais altos do estado. Além de ter o metro quadrado mais caro do país, a “Dubai brasileira” é conhecida por suas praias e vida noturna, o que atrai muitos turistas e investidores.
Para uma pessoa viver em BC, o gasto mensal estimado é de R$ 5.855, enquanto para uma família de quatro pessoas os custos alcançam R$ 12.335. A reputação da cidade de ser cara é verdadeira, mas esse valor traduz a alta qualidade de vida e a infraestrutura moderna do local.
Mesmo com seus arranha-céus e apartamentos de luxo, o valor do aluguel em Balneário varia significativamente conforme a metragem, a vista, o bairro e as redondezas do imóvel. A cidade é bastante diversa nesse aspecto, possibilitando encontrar aluguéis que vão de R$ 2 mil a R$ 35 mil mensais na mesma região.
Os custos de alimentação, transporte e entretenimento também são altos, refletindo a intensa atividade turística e o padrão de vida oferecido. Assim, se você quer morar perto da praia sem abrir mão da infraestrutura urbana e variedade de entretenimento, Balneário Camboriú pode ser a escolha certa.
Qual a cidade com menor custo de vida em Santa Catarina?
Segundo os dados coletados no Expatistan, a cidade de Chapecó possui o menor custo de vida de SC. Por ser uma cidade no interior do estado, no extremo-oeste catarinense e a 557 km da capital, o custo de vida acaba sendo mais em conts. Mesmo assim, a qualidade de vida e segurança encontradas por lá são similares à outras cidades de SC.
É importante mencionar que a plataforma não leva em conta todas as cidades catarinenses, então, podem existir outras regiões mais baratas.
Qual a cidade com maior custo de vida em Santa Catarina?
Conforme o Expatistan, Florianópolis possui o custo de vida mais elevado do estado catarinense. A capital está localizada de forma estratégica entre o litoral norte e o litoral sul do estado. Há também o fator de a cidade ser composta majoritariamente em uma ilha, e por isso a logística de abastecimento acaba por encarecer os suprimentos básicos, o que eleva os custos. O mesmo acontece para os imóveis, que com a escassez de terrenos, unido a chegada constante de novos moradores, têm preços maiores.
A qualidade de vida na cidade onde segurança, oportunidades de emprego e belas praias estão por todo lado, é um ponto chave para o título de mais cara do estado. Morar em Florianópolis atualmente é sinônimo de vida tranquila rodeada de natureza.
Onde devo morar em Santa Catarina?
Decidir onde morar em Santa Catarina depende de suas prioridades e estilo de vida. Se você busca morar na praia, Florianópolis e Balneário Camboriú oferecem alta qualidade de vida, infraestrutura urbana desenvolvida e diversas atrações turísticas. Em contrapartida, o custo de vida dos dois CEPs são os mais caros do estado. Se você não se importar de pagar mais caro, o valor é justo quando considerados os benefícios de viver nessas cidades.
Joinville e Blumenau oferecem infraestrutura, segurança e entretenimento, mas são mais distantes do litoral. Os locais são mais acessíveis em termos de custo de vida, e podem ser uma ótima opção para os que procuram viver em um polo econômico (industrial e têxtil, respectivamente) com qualidade de vida, mas sem tanta proximidade com as praias.
Chapecó, no Oeste do estado, é um importante centro agroindustrial com um custo de vida ainda mais baixo. A cidade oferece boa qualidade de vida e infraestrutura adequada, sendo uma opção viável para quem busca menores custos sem abrir mão de serviços essenciais.
Destacam-se, também, Itajaí e São José. Itajaí é um importante polo portuário e industrial, com boas oportunidades de emprego e uma infraestrutura urbana bem desenvolvida, além de belas praias – como a Praia Brava. São José, localizada na região metropolitana de Florianópolis, combina a proximidade com a capital e um custo de vida mais acessível, sendo ideal para quem busca qualidade de vida e comodidade.
→ Confira detalhes sobre como é morar em Itajaí.
Se você está em busca da melhor localização para morar no estado, confira o ranking completo das melhores cidades para morar em Santa Catarina.
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