Morar em casa ou apartamento: saiba qual a melhor escolha para você
Quando o assunto é a escolha entre casa ou apartamento é comum aparecerem dúvidas como: qual opção tem melhor custo-benefício? Qual dessas alternativas é mais confortável e prática? E o que atende melhor às minhas necessidades?
É muito importante que você conheça as opções e a partir disso, entenda quais são suas prioridades para fazer a melhor escolha.
Neste conteúdo, você pode tirar todas as suas dúvidas sobre e tomar a melhor decisão entre casa e apartamento! Vamos lá?!
Custo-Benefício
Você já ouviu falar da tendência conhecida como “economia do compartilhamento”? Como o nome sugere, esse conceito se baseia na ideia de que as pessoas podem compartilhar bens e serviços para reduzirem os custos.
Um exemplo bem conhecido é o Uber, onde motoristas utilizam seus próprios carros para transportar passageiros, tornando o transporte urbano mais acessível.
Outro exemplo é o Airbnb, uma plataforma onde proprietários oferecem quartos ou casas para hóspedes, proporcionando uma opção mais econômica e a oportunidade de vivenciar diferentes culturas.
Essa tendência também está impactando o jeito de morar, principalmente nas capitais e grandes cidades.
Com a crescente demanda por apartamentos menores e mais práticos, as casas têm se tornado um espaço exclusivo e valorizado. Por causa disso, as casas, que oferecem maior privacidade e exclusividade, têm valores maiores.
Nas cidades menores ou no interior ainda é possível encontrar casas com valores menores, mas essas são exceção para uma grande parte das pessoas, já que 57% da população vive em centros urbanos, segundo os dados de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sendo assim, se compararmos imóveis de mesmo padrão, as casas, que vêm desaparecendo lentamente no mercado, têm se tornado um investimento mais pesado.
E não somente para compra como também para manutenção, já que todas as melhorias feitas no local, como a instalação de piscina ou câmeras de segurança, sairiam inteiramente do seu bolso, o que pode pesar nas contas.
Já os apartamentos levam vantagem no tópico custo-benefício, isso porque os locais de uso comum dos condôminos são maiores e as despesas que esses espaços geram são divididas entre todos os moradores do edifício ou condomínio, deixando as contas mais leves.
Localização
Mais da metade da população brasileira vive em capitais ou regiões metropolitanas, isso impacta diretamente na organização geográfica dessas cidades.
Em áreas de grande concentração de pessoas, é comum que as casas fiquem mais distantes do centro, o oposto dos apartamentos. Assim, os apartamentos estão em vantagem nesse tópico. Nas regiões centrais das cidades, a oferta de apartamentos domina o mercado.
Nesses bairros também é comum a presença de diversos comércios e serviços, como hospitais, mercados e escolas. O que facilita a vida de quem mora nessas regiões e evita grandes deslocamentos no dia a dia.
Mas nem tudo são flores, nesses locais a circulação de pessoas é maior e o trânsito é mais complicado, deixando a tranquilidade de lado.
As casas, por serem, geralmente, encontradas nos locais mais afastados do centro, ganham pontos positivos no quesito calmaria. Porém, perdem no que diz respeito as facilidades para o dia a dia.
Espaço privativo
Um dos maiores diferenciais entre casas e apartamentos é o tamanho do espaço privativo. Que são áreas de uso exclusivo dos moradores.
Nos condomínios, tanto verticais quanto horizontais, esses espaços se limitam ao próprio imóvel e, às vezes, inclui vaga de garagem. Já os espaços compartilhados, incluem corredores, elevadores ou escadas, salão de festas, hall de entrada, piscina, academia e outras áreas de lazer do condomínio.
O maior diferencial dos apartamentos é o espaço compacto. É comum encontrar unidades com 30 m², por exemplo, que não é uma metragem encontrada em casas geralmente.
Isso pode ser uma vantagem quando pensamos na praticidade que o espaço menor oferece, além do valor mais baixo e a possibilidade de divisão dos espaços comuns.
Se você é uma pessoa que trabalha ou estuda e passa muito tempo longe de casa, talvez os apartamentos sejam a opção ideal.
Já as casas apresentam metragens maiores e, claro, 100% do espaço é privativo, incluindo quintal e jardim, se houver. Em vias gerais, os cômodos são maiores e também apresentam possibilidades de reformas e mudanças.
Segurança
Nesse caso, quando analisamos as casas, é importante ressaltar que há a facilidade de realizar mudanças e aumentar a segurança da maneira que preferir.
Ou seja, você pode equipar seu imóvel com câmeras de segurança, alarmes ou cerca elétrica, mas os custos serão somente seus, o que pode doer no bolso.
Apesar disso, você terá total liberdade para fazer esse investimento ou não e no momento que for melhor para si, independente de burocracias.
Por outro lado, na grande parte dos condomínios verticais conta com uma infraestrutura de segurança, mesmo que os mais básicos como portaria remota ou digital, além da própria estrutura de construção, que já confere uma proteção maior. Os condomínios mais avançados possuem câmeras, agentes de segurança e até mesmo senhas nas entradas e elevadores.
Por isso, a proteção nos apartamentos é maior e o custo de todo esse aparato de segurança é compartilhado entre os vizinhos, o que acaba reduzindo os preços.
Mas lembre-se: o pagamento dessas despesas ocorre todos os meses e é obrigatório, mesmo que você não tenha utilizado diretamente a estrutura.
Socialização e coletividade
Um ponto importante a se considerar na hora de escolher entre casa ou apartamento, é a coletividade que os condomínios verticais impõem.
Você já ouviu falar da política da boa vizinhança?
Pois é! No caso dos edifícios verticais, ela é ainda mais importante, afinal morar em um apartamento é conviver diariamente com seus vizinhos, nos corredores, áreas de lazer, garagens e espaços comuns. Isso pode ser bom ou ruim, a depender de como você se integra nessa organização, e é aí que a política da boa vizinhança entra em campo.
Seus vizinhos podem se tornar seus grandes aliados se a relação de vizinhança for boa para os dois lados. Por isso, regras comuns, como o controle de barulho, respeito às regras do condomínio, e até o bom e velho “Bom dia” e “Boa tarde”, são aspectos básicos para quem opta por morar em um apartamento.
É importante avaliar se você está disposto a pôr a política de boa vizinhança em prática diariamente, evitando os conflitos e por vezes limitando suas ações em prol do bem comum. Se a sua resposta for não, opte pelas casas. Apesar de também exigir a convivência com vizinhos, ela se torna menos intensa já que os espaços de uso próprio são maiores.
Praticidade e lazer
Os apartamentos oferecem a vantagem da maior praticidade por muitos motivos: não exigem que você faça manutenção externa, e já possuem ligação de luz e água prontas, algumas unidades incluem até mesmo gás central.
Além desses itens, as opções de lazer também aumentam quando olhamos para os condomínios. Existem muitos condomínios que dispõe de opções como pet place, sauna ou até mesmo spa, indo além dos tradicionais salões de festas e piscina.
Flexibilidade e personalização
Um dos grandes diferenciais de morar em casas é a possibilidade de mudanças maiores, tanto estéticas quanto estruturais no imóvel, deixando-o mais personalizado. Isso porque as casas não obedecem às regras coletivas as quais os apartamentos estão submetidos no estatuto condominial.
Além disso, os apartamentos fazem parte de uma grande estrutura que, quando passam por reformas, acabam influenciando, mesmo que indiretamente, nos espaços dos vizinhos, e por isso em alguns casos, não são permitidas.
Diferente das casas, que após devidas avaliações, podem ser bastante modificadas conforme as necessidades e exigências de cada família.
Necessidades pessoais
Antes de realizar qualquer compra, é muito importante olhar para as suas necessidades.
- Avalie sua rotina diária: veja se você precisa se locomover entre a cidade durante o dia, para levar seus filhos à escola, por exemplo, ou se você prefere aproveitar os finais de semana no shopping e em parques ao livre, analise a localização do seu trabalho ou estudo.
- Não se esqueça de revisar os planos: se deseja aumentar a família ou adotar um cachorro, se vai viajar em um intercâmbio ou se cogita sair da cidade em pouco tempo. Todos esses pontos, por mais que pareçam básicos, influenciam muito na decisão entre casa ou apartamento.
Dicas: o que considerar na hora da compra de imóvel?
Apartamentos
- Andares mais baixos estão mais sujeitos a barulhos externos, mas podem ser uma opção melhor para acesso rápido e fácil a rua;
- Andares mais altos oferecem maior privacidade e uma vista de tirar o fôlego e menos barulhos externos;
- Avalie os valores de condomínio e IPTU antes de entrar para conseguir planejar os gastos;
- Tem filhos? Pets? Cheque os espaços coletivos do condomínio para corresponderem a suas necessidades;
- Verifique também os dispositivos de segurança que o condomínio possui e a região onde se localiza.
Casas
- Verifique os valores de IPTU e outros impostos para poder planejar os custos da casa;
- Inclua nesse planejamento também custos futuros com manutenção externa para poder calcular se os custos de conservação da casa caberá no seu bolso;
- Cheque se houve reformas recentes e se há necessidade de reparos ou mudanças estéticas e estruturais.
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