O que é long stay?

17 Janeiro 2025 | Atualizado em 20 Janeiro 2025

Long stay são estadias mais longas que o aluguel de temporada (geralmente até 90 dias) e mais curtas que aluguéis anuais (com contrato mínimo de 1 ano). Tem vantagens, como contratos mais flexíveis sem a necessidade de fiador, mas podem ter custos mais elevados quando comparados com aluguéis tradicionais.
O que é long stay - placas

Estadia prolongada. Se fossemos traduzir literalmente, o termo long stay significaria isso.

Imagine o seguinte cenário: você trabalha como piloto, aeromoça ou nômade digital — profissionais que estão constantemente viajando, e tem dificuldade de encontrar um lugar para morar que se adapte a essas mudanças.

A solução para esse problema é o long stay: aluguéis com prazos mais longos, mas com menos burocracia e mais flexibilidade em comparação aos contratos tradicionais.

Mas como o long stay se diferencia de outras opções de aluguel? Vamos entender a diferença entre long stay, short stay e o aluguel tradicional:

Como funciona o long stay?

No long stay, você pode alugar um imóvel por um período mais extenso que no short stay, mas com condições diferentes das opções tradicionais. Mas antes, o que seria a opção tradicional? Vamos entender cada um deles:

  • Aluguel tradicional: geralmente, envolve contratos de no mínimo 12 meses, com maior burocracia, como a exigência de fiador, seguro e condições fixas. As normas são exigidas de acordo com a Lei do Inquilinato.
  • Short Stay: são aluguéis de curta duração, como os aluguéis de temporada, contratados por um período limitado.

Na prática, isso quer dizer que: o aluguel por temporada é destinado à residência temporária do locatário, utilizado para lazer, realização de cursos, tratamentos de saúde, reformas no imóvel e outras situações de caráter temporário. Esse tipo de aluguel tem um prazo máximo de 90 dias, conforme a lei.

Ou seja, se o período de aluguel ultrapassar 90 dias, ele deixa de ser considerado aluguel por temporada (ou short stay).

No entanto, plataformas de locação, como o Airbnb, não têm essa limitação de 90 dias. Elas têm a opção de “Reserva de Longa Duração” — o long stay. Isso permite aluguéis por períodos mais longos. Além disso, é menos burocrático do que o aluguel tradicional.

Essa opção, muitas vezes também é ofertada por hotéis.

Quem indica, amigo é!

Os serviços de hotelaria, ao contrário dos aluguéis, não seguem a Lei do Inquilinato. Eles são regulados pela Lei Geral do Turismo, que orienta as atividades de hospedagem.

Em resumo: no long stay, você não precisa lidar com a burocracia do aluguel tradicional. Não há exigência de fiador e nem contrato de 12 meses. No entanto, se a estadia ultrapassar 90 dias, ela deixa de ser considerada aluguel por temporada, e exige um contrato (que normalmente é mais flexível).

Essa modalidade oferece mais flexibilidade e permite estadias de médio prazo, como 3 ou 6 meses, por exemplo.

Diferenças entre long stay e aluguel anual

A Lei Federal 8.245/91 - conhecida como Lei do Inquilinato - estabelece que o aluguel por temporada não pode ultrapassar 90 dias. No entanto, algumas plataformas para aluguel não possuem nenhuma restrição para impedir que os proprietários ofereçam imóveis por períodos superiores a esse limite.

Porém, a partir de 90 dias, é obrigatório formalizar um contrato de locação. Esse contrato, não exige um tempo mínimo de permanência.

A opção de estadia longa é uma modalidade que permite locações a partir de 30 dias, por exemplo. É aí que está o “pulo do gato”, porque as locações tradicionais costumam ter exigências mínimas de 12 meses ou mais.

Mas afinal, além desse diferencial de prazo mínimo para locação, quais outras vantagens têm o long stay?

Por que escolher as moradias long stay?

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2023 mostram que o número de casas alugadas no Brasil aumentou. A porcentagem subiu de 17,3% em 2016 para 20,2% em 2022.

Esse crescimento no número de locatários impulsiona a demanda por novas modalidades de aluguel. Intercambistas, estudantes e pessoas que precisam de contratos de aluguel menores que 12 meses, por exemplo, estão em busca de opções flexíveis.

Vantagens do Long Stay

Para quem busca praticidade e flexibilidade, o long stay apresenta algumas vantagens como:

  • Flexibilidade: por não exigir um prazo mínimo de locação e com opções de contratos mais curtos, o long stay se adapta às necessidades temporárias.
  • Economia: em comparação aos hotéis, os custos do long stay são mais baixos, especialmente para períodos prolongados.
  • Comodidade e praticidade: geralmente possuem acomodações mais equipadas, como cozinhas completas, wi-fi e espaços para lazer.
  • Menos burocracia: o processo de locação no modelo long stay é mais simples, geralmente dispensando exigências como fiador ou seguro fiança.

Desvantagens do long stay

Apesar do modelo de long stay oferecer diversas vantagens, também existem algumas desvantagens a serem consideradas:

  • Disponibilidade limitada: embora o modelo esteja crescendo e sendo cada dia mais comum, nem todas as regiões ou imóveis oferecem essa modalidade.
  • Infraestrutura: a qualidade das acomodações pode depender do imóvel ou da empresa que está alugando, em alguns casos pode não ter tantas comodidades quanto um hotel, por exemplo.
  • Exigências de contrato: sim, é verdade que os contratos são mais flexíveis. No entanto, ainda assim pode haver exigências específicas sobre cancelamento ou mudança de datas. Diferente dos hotéis.
  • Custos adicionais: alguns aluguéis podem incluir taxas de serviços públicos, limpeza ou manutenção, dependendo do tempo de estadia. Além disso, os valores mensais podem ser maiores que aluguéis tradicionais.
  • Serviços: diferente dos hotéis, os alugueis long stay não tem a obrigação de oferecer serviços como limpeza diária e recepção 24 horas.

O que olhar ao alugar um long stay?

No formato tradicional de aluguel, a maioria das pessoas já está familiarizada com os trâmites. No entanto, por se tratar de uma modalidade diferente, o long stay exige atenção aos detalhes do contrato.

Podem existir diversas condições em relação às formas de pagamento, acordos, multas, prorrogações ou até mesmo encerramento do contrato.

Por isso, o primeiro passo é compreender bem tudo isso antes de assinar o contrato.

Depois, existem alguns outros detalhes que você deve se perguntar antes de fazer as malas:

  • O imóvel é próximo de mercados, bancos, restaurantes?
  • Fica localizado em um bairro seguro? Possui câmeras de vigilância e segurança?
  • Qual o período mínimo e máximo de estádia?
  • Se cancelar antes do prazo tem reembolso ou multa?
  • Possui wi-fi e outras praticidades?
  • Pode ter animais de estimação?

Investir em long stay

O long stay, acompanhado do crescimento no número de domicílios alugados no Brasil, vem crescendo. Isso é positivo tanto para os locatários quanto para os proprietários.

Para o investidor ele pode ser uma opção extra de rentabilidade, com uma renda constante e mais previsível que outros investimentos.

Mas antes, existem alguns pontos importantes para considerar.

Primeiro, pense que: no aluguel tradicional a cobrança é mensal (por exemplo, R$ 2.500 ao mês) e o no short stay é por diária (R$ 200,00 por dia). No long stay, é necessário encontrar um valor para o período específico de estadia e isso deve levar em consideração:

A vacância do imóvel

No aluguel tradicional, o proprietário tem a certeza de receber um retorno pelos próximos 12 meses ou mais, e em caso de encerramento, receberá a multa contratual.

Já em modalidades sem prazo mínimo, o imóvel pode não ficar alugado durante o ano todo, resultando em períodos em que ficará vazio e sem gerar renda.

Sazonalidade da região

A vacância de um imóvel está intimamente ligada à sazonalidade. Isso porque, alguns imóveis tendem a ser mais alugados e valorizados em um período específico do ano.

Por exemplo, imóveis localizados no litoral ou em cidades turísticas são mais alugados na temporada de verão. E consequentemente, por terem maior demanda, aumentam seu valor.

Ou seja, podem ser alugados por diárias muito mais altas e gerarem um retorno superior ao aluguel tradicional nesse período específico.

Manutenção e custos

Por ter uma rotatividade maior que o aluguel tradicional, o long stay exige mais cuidados com a manutenção, infraestrutura e gastos adicionais para conservar o imóvel.

Por outro lado, o proprietário de um imóvel short stay bem equipado e estruturado pode também alugá-lo na modalidade long stay, ou seja, o imóvel pode ser disponibilizado para ambas as modalidades.

Onde esse imóvel está localizado?

A localização impacta diretamente na rentabilidade do imóvel. Imóveis bem localizados têm maior demanda.

Além disso, se o imóvel estiver em regiões conhecidas por eventos, como a Oktoberfest, em Blumenau, ou em destinos de verão, como praias, isso também influencia nos valores.

Quem avisa amigo é: a cidade onde o imóvel está localizado pode impactar diretamente o rendimento do investidor.

O Ranking MySide Melhores Cidades para Investimento Imobiliário© 2025 apresenta um histórico detalhado da rentabilidade dos últimos cinco anos, destacando as cidades com maior rendimento do país.

Ranking MySide das melhores cidades para investir em imóveis 2025

No gráfico é possível observar que Itapema (SC) foi a cidade que melhor apresentou um retorno sobre investimento de 22,1% ao ano.

Itapema também obteve uma valorização média anual de 16,2,% no valor do seu metro quadrado. Nesse mesmo período, de outubro de 2019 a setembro de 2024, a rentabilidade do principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 (Ibovespa) foi de 5,4% ao ano.

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