O que é long stay?
Long stay são estadias mais longas que o aluguel de temporada (geralmente até 90 dias) e mais curtas que aluguéis anuais (com contrato mínimo de 1 ano). Tem vantagens, como contratos mais flexíveis sem a necessidade de fiador, mas podem ter custos mais elevados quando comparados com aluguéis tradicionais.
Estadia prolongada. Se fossemos traduzir literalmente, o termo long stay significaria isso.
Imagine o seguinte cenário: você trabalha como piloto, aeromoça ou nômade digital — profissionais que estão constantemente viajando, e tem dificuldade de encontrar um lugar para morar que se adapte a essas mudanças.
A solução para esse problema é o long stay: aluguéis com prazos mais longos, mas com menos burocracia e mais flexibilidade em comparação aos contratos tradicionais.
Mas como o long stay se diferencia de outras opções de aluguel? Vamos entender a diferença entre long stay, short stay e o aluguel tradicional:
Como funciona o long stay?
No long stay, você pode alugar um imóvel por um período mais extenso que no short stay, mas com condições diferentes das opções tradicionais. Mas antes, o que seria a opção tradicional? Vamos entender cada um deles:
- Aluguel tradicional: geralmente, envolve contratos de no mínimo 12 meses, com maior burocracia, como a exigência de fiador, seguro e condições fixas. As normas são exigidas de acordo com a Lei do Inquilinato.
- Short Stay: são aluguéis de curta duração, como os aluguéis de temporada, contratados por um período limitado.
Na prática, isso quer dizer que: o aluguel por temporada é destinado à residência temporária do locatário, utilizado para lazer, realização de cursos, tratamentos de saúde, reformas no imóvel e outras situações de caráter temporário. Esse tipo de aluguel tem um prazo máximo de 90 dias, conforme a lei.
Ou seja, se o período de aluguel ultrapassar 90 dias, ele deixa de ser considerado aluguel por temporada (ou short stay).
No entanto, plataformas de locação, como o Airbnb, não têm essa limitação de 90 dias. Elas têm a opção de “Reserva de Longa Duração” — o long stay. Isso permite aluguéis por períodos mais longos. Além disso, é menos burocrático do que o aluguel tradicional.
Essa opção, muitas vezes também é ofertada por hotéis.
Quem indica, amigo é!
Os serviços de hotelaria, ao contrário dos aluguéis, não seguem a Lei do Inquilinato. Eles são regulados pela Lei Geral do Turismo, que orienta as atividades de hospedagem.
Em resumo: no long stay, você não precisa lidar com a burocracia do aluguel tradicional. Não há exigência de fiador e nem contrato de 12 meses. No entanto, se a estadia ultrapassar 90 dias, ela deixa de ser considerada aluguel por temporada, e exige um contrato (que normalmente é mais flexível).
Essa modalidade oferece mais flexibilidade e permite estadias de médio prazo, como 3 ou 6 meses, por exemplo.
Diferenças entre long stay e aluguel anual
A Lei Federal 8.245/91 - conhecida como Lei do Inquilinato - estabelece que o aluguel por temporada não pode ultrapassar 90 dias. No entanto, algumas plataformas para aluguel não possuem nenhuma restrição para impedir que os proprietários ofereçam imóveis por períodos superiores a esse limite.
Porém, a partir de 90 dias, é obrigatório formalizar um contrato de locação. Esse contrato, não exige um tempo mínimo de permanência.
A opção de estadia longa é uma modalidade que permite locações a partir de 30 dias, por exemplo. É aí que está o “pulo do gato”, porque as locações tradicionais costumam ter exigências mínimas de 12 meses ou mais.
Mas afinal, além desse diferencial de prazo mínimo para locação, quais outras vantagens têm o long stay?
Por que escolher as moradias long stay?
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2023 mostram que o número de casas alugadas no Brasil aumentou. A porcentagem subiu de 17,3% em 2016 para 20,2% em 2022.
Esse crescimento no número de locatários impulsiona a demanda por novas modalidades de aluguel. Intercambistas, estudantes e pessoas que precisam de contratos de aluguel menores que 12 meses, por exemplo, estão em busca de opções flexíveis.
Vantagens do Long Stay
Para quem busca praticidade e flexibilidade, o long stay apresenta algumas vantagens como:
- Flexibilidade: por não exigir um prazo mínimo de locação e com opções de contratos mais curtos, o long stay se adapta às necessidades temporárias.
- Economia: em comparação aos hotéis, os custos do long stay são mais baixos, especialmente para períodos prolongados.
- Comodidade e praticidade: geralmente possuem acomodações mais equipadas, como cozinhas completas, wi-fi e espaços para lazer.
- Menos burocracia: o processo de locação no modelo long stay é mais simples, geralmente dispensando exigências como fiador ou seguro fiança.
Desvantagens do long stay
Apesar do modelo de long stay oferecer diversas vantagens, também existem algumas desvantagens a serem consideradas:
- Disponibilidade limitada: embora o modelo esteja crescendo e sendo cada dia mais comum, nem todas as regiões ou imóveis oferecem essa modalidade.
- Infraestrutura: a qualidade das acomodações pode depender do imóvel ou da empresa que está alugando, em alguns casos pode não ter tantas comodidades quanto um hotel, por exemplo.
- Exigências de contrato: sim, é verdade que os contratos são mais flexíveis. No entanto, ainda assim pode haver exigências específicas sobre cancelamento ou mudança de datas. Diferente dos hotéis.
- Custos adicionais: alguns aluguéis podem incluir taxas de serviços públicos, limpeza ou manutenção, dependendo do tempo de estadia. Além disso, os valores mensais podem ser maiores que aluguéis tradicionais.
- Serviços: diferente dos hotéis, os alugueis long stay não tem a obrigação de oferecer serviços como limpeza diária e recepção 24 horas.
O que olhar ao alugar um long stay?
No formato tradicional de aluguel, a maioria das pessoas já está familiarizada com os trâmites. No entanto, por se tratar de uma modalidade diferente, o long stay exige atenção aos detalhes do contrato.
Podem existir diversas condições em relação às formas de pagamento, acordos, multas, prorrogações ou até mesmo encerramento do contrato.
Por isso, o primeiro passo é compreender bem tudo isso antes de assinar o contrato.
Depois, existem alguns outros detalhes que você deve se perguntar antes de fazer as malas:
- O imóvel é próximo de mercados, bancos, restaurantes?
- Fica localizado em um bairro seguro? Possui câmeras de vigilância e segurança?
- Qual o período mínimo e máximo de estádia?
- Se cancelar antes do prazo tem reembolso ou multa?
- Possui wi-fi e outras praticidades?
- Pode ter animais de estimação?
Investir em long stay
O long stay, acompanhado do crescimento no número de domicílios alugados no Brasil, vem crescendo. Isso é positivo tanto para os locatários quanto para os proprietários.
Para o investidor ele pode ser uma opção extra de rentabilidade, com uma renda constante e mais previsível que outros investimentos.
Mas antes, existem alguns pontos importantes para considerar.
Primeiro, pense que: no aluguel tradicional a cobrança é mensal (por exemplo, R$ 2.500 ao mês) e o no short stay é por diária (R$ 200,00 por dia). No long stay, é necessário encontrar um valor para o período específico de estadia e isso deve levar em consideração:
A vacância do imóvel
No aluguel tradicional, o proprietário tem a certeza de receber um retorno pelos próximos 12 meses ou mais, e em caso de encerramento, receberá a multa contratual.
Já em modalidades sem prazo mínimo, o imóvel pode não ficar alugado durante o ano todo, resultando em períodos em que ficará vazio e sem gerar renda.
Sazonalidade da região
A vacância de um imóvel está intimamente ligada à sazonalidade. Isso porque, alguns imóveis tendem a ser mais alugados e valorizados em um período específico do ano.
Por exemplo, imóveis localizados no litoral ou em cidades turísticas são mais alugados na temporada de verão. E consequentemente, por terem maior demanda, aumentam seu valor.
Ou seja, podem ser alugados por diárias muito mais altas e gerarem um retorno superior ao aluguel tradicional nesse período específico.
Manutenção e custos
Por ter uma rotatividade maior que o aluguel tradicional, o long stay exige mais cuidados com a manutenção, infraestrutura e gastos adicionais para conservar o imóvel.
Por outro lado, o proprietário de um imóvel short stay bem equipado e estruturado pode também alugá-lo na modalidade long stay, ou seja, o imóvel pode ser disponibilizado para ambas as modalidades.
Onde esse imóvel está localizado?
A localização impacta diretamente na rentabilidade do imóvel. Imóveis bem localizados têm maior demanda.
Além disso, se o imóvel estiver em regiões conhecidas por eventos, como a Oktoberfest, em Blumenau, ou em destinos de verão, como praias, isso também influencia nos valores.
Quem avisa amigo é: a cidade onde o imóvel está localizado pode impactar diretamente o rendimento do investidor.
O Ranking MySide Melhores Cidades para Investimento Imobiliário© 2025 apresenta um histórico detalhado da rentabilidade dos últimos cinco anos, destacando as cidades com maior rendimento do país.
No gráfico é possível observar que Itapema (SC) foi a cidade que melhor apresentou um retorno sobre investimento de 22,1% ao ano.
Itapema também obteve uma valorização média anual de 16,2,% no valor do seu metro quadrado. Nesse mesmo período, de outubro de 2019 a setembro de 2024, a rentabilidade do principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 (Ibovespa) foi de 5,4% ao ano.
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