Florianópolis é uma cidade segura para morar? Veja dados
De acordo com o Anuário 2024 Cidades Mais Seguras do Brasil©, Florianópolis é considerada a capital mais segura do país. O estudo cruzou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde.
Com cerca de 537 mil habitantes, Florianópolis foi uma das cidades que mais cresceu em número desde o último Censo, com um aumento de 115 mil moradores.
Esse crescimento tem motivo: a cidade é lar de instituições como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Além disso, a capital catarinense está em constante desenvolvimento no setor tecnológico. Com aproximadamente 600 empresas de software, hardware e serviços de tecnologia sediados na região, segundo dados da Prefeitura Municipal.
Essas características atraem diversos moradores de todas as regiões do Brasil para morar na capital-ilha.
Então, se você está pensando em conhecer mais sobre Florianópolis para decidir se deseja morar aqui, fique neste conteúdo! Vou te mostrar dados e informações para responder à pergunta: a cidade é realmente segura?
Eleita a capital mais segura do Brasil em 2024
A capital de Santa Catarina teve o menor índice de homicídios em 2024 entre as capitais do Brasil. Foram 10 homicídios para cada 100 mil habitantes, segundo o Anuário Cidades Mais Seguras do Brasil© MySide.
Além disso, Florianópolis ocupa a 6ª posição no ranking de segurança das cidades com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes.
Para entender a diferença, a cidade menos segura é Japeri (RJ). Segundo o estudo, ela tem uma taxa de 191,7 homicídios por 100 mil habitantes.
Mas será que esse único indicador é suficiente para classificar a cidade como realmente segura? Confira mais informações sobre a segurança da capital catarinense:
Alto investimento em segurança pública
A cidade conta com 183 guardas municipais, que têm o objetivo de assegurar a proteção do patrimônio físico e ambiental do local. Além disso, conforme dados da Prefeitura, o município investe R$ 7 milhões mensais em segurança pública.
Esse compromisso com a segurança é ainda mais claro porque a cidade está em um dos estados mais seguros do Brasil. Em 2023, foram aplicados R$ 86 milhões em equipamentos e infraestrutura para fortalecer a segurança de Santa Catarina.
De janeiro a abril de 2023, o número de roubos caiu 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Também houve uma redução de 60% nos latrocínios em todo o estado.
Para 2024, o investimento no setor deve aumentar, com a administração estadual propondo um total de R$ 3,7 bilhões para a segurança pública. Esses recursos visam fortalecer as ações e resultados positivos obtidos em 2023.
Baixa taxa de homicídios
O último Atlas da Violência , publicado em 2024, usa dados de 2022. Ele foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estudo mostra resultados positivos para Florianópolis e para o estado.
Santa Catarina alcançou, pela primeira vez desde 2012, uma taxa de homicídios abaixo de 10 por 100 mil habitantes, o que é bem menor que a média nacional de 26,2, segundo o estudo.
Além disso, SC foi o único estado brasileiro a alcançar essa marca em 2024, e a maioria de seus municípios tem baixo índice de violência.
Dos 295 municípios do estado, 142 (48,1%) não registraram nenhum homicídio em 2022. Joinville e Florianópolis, as maiores cidades do estado, tiveram o maior número de homicídios.
No entanto, ainda assim, suas taxas foram abaixo de 10: Joinville teve uma taxa de 9,7, e Florianópolis, 8,9.
Para que você possa comparar:
As outras capitais do Sul tiveram taxas mais altas de homicídios. Porto Alegre (RS) teve 29 e Curitiba (PR) 21 homicídios a cada 100 mil habitantes.
Ou seja, Florianópolis está inserida em um contexto geral muito positivo. A cidade não só apresenta bons índices de segurança individualmente, como também está cercada por outras cidades do estado que registram taxas de homicídios abaixo da média.
No gráfico, podemos ver que Florianópolis é a capital mais segura do Brasil. Além de ser a única que zerou a estatística de homicídios ocultos.
Essa estatística reflete o comprometimento dos órgãos responsáveis com o registro preciso dos dados de homicídios.
5ª capital no ranking de qualidade de vida em 2024
Quando correlacionados com outros indicadores, como educação, economia e saúde, os dados mostram que Florianópolis mantém uma posição positiva.
No ranking do Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM), Florianópolis ocupa a 5ª posição do ranking de qualidade de vida, entre as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal, além de manter a 21ª posição entre os 100 maiores municípios.
A Ilha da Magia tem uma pontuação de 0,682, um pouco atrás da melhor cidade, Maringá (PR), com uma pontuação de 0,765.
No entanto, nem tudo são flores. Segundo o estudo, Florianópolis perdeu 14 posições nesta década entre as quatro áreas analisadas: saúde, educação, saneamento e segurança. A cidade melhorou sua posição em apenas uma área: segurança.
As outras três caíram de posições: educação (-31 posições); saúde (-5 posições); e saneamento e sustentabilidade (-9 posições). Esses são desafios enfrentados por cidades de médio ou grande porte, como é o caso da capital catarinense.
O que torna Florianópolis a capital mais segura do país?
Os investimentos em segurança têm apresentado um crescimento contínuo nos últimos anos em todo o estado. Entre 2018 e 2023, os recursos destinados à segurança pública em Santa Catarina aumentaram 27%, segundo dados do Portal da Transparência.
Esse aumento nos investimentos tem impactado positivamente todos os municípios do estado, incluindo Florianópolis, contribuindo para a melhoria das condições de segurança.
Mas, além disso, é importante destacar que a capital de Santa Catarina tem menos habitantes que a maioria das capitais do Brasil – sendo a 7ª menos populosa.
Isso porque existe uma forte correlação estatística entre o tamanho da população e o aumento da violência. Em outras palavras, cidades com mais habitantes costumam ser mais violentas.
Ainda assim, como em qualquer outra metrópole, o cuidado deve ser redobrado, especialmente em relação aos pequenos delitos.
Índice de furtos por bairros de Florianópolis
Uma pesquisa exclusiva do portal ND Mais mostrou quais são as ruas – e seus respectivos bairros – com maior índice de furtos na capital. Três ruas do Centro estão entre as cinco com mais furtos e roubos em Florianópolis em 2022 e 2023.
*Os dados incluem todos os tipos de furtos e roubos registrados em 2022 e 2023 pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Santa Catarina.
Segundo dados da Lei de Acesso à Informação, divulgados pelo grupo ND, o Centro tem a maioria das ocorrências. No entanto, pequenos delitos também acontecem em bairros mais distantes das áreas centrais.
Exemplos disso são as regiões do Campeche e Ingleses, que ficam perto das praias e longe do Centro.
Ruas mais perigosas de Florianópolis
Entre todas as ocorrências registradas, cinco ruas chamaram a atenção por apresentarem o maior número de ocorrências. Três delas estão localizadas no Centro da cidade.
1. Rodovia Maurício Sirotsky Sobrinho
A rua com o maior número de ocorrências foi a Avenida Maurício Sirotsky Sobrinho, que liga a SC-401 aos bairros Jurerê e Daniela. No total, foram 620 ocorrências de furtos e roubos na via entre 2022 e 2023.
2. Avenida Paulo Fontes
Com 510 ocorrências em dois anos, a Avenida Paulo Fontes é a segunda em furtos e roubos em Florianópolis. Ela fica ao lado do Terminal de Integração do Centro (TICEN).
3. Rodovia José Carlos Daux
Próxima à SC-401 e ao Terminal de Integração de Santo Antônio de Lisboa (TISAN), a rodovia que atravessa a região ocupa o terceiro lugar no ranking, com 427 ocorrências registradas.
4. Rua Victor Meirelles
Localizada no Centro da cidade e próxima a bares e restaurantes, a movimentada Rua Victor Meirelles registrou 416 ocorrências no período analisado.
5. Praça XV
Em último lugar, temos a Praça XV de Novembro. Ela também fica no Centro, e tem bancas e pontos de táxis. A praça registrou 385 furtos e roubos no período analisado.
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